Para que Serve a Psicoterapia

Entretanto, também é profundamente incompreendida. É o alvo de muitas fantasias, esperanças e suspeitas nada úteis. Sua lógica raramente é explicada e sua voz, pouquíssimo ouvida com a objetividade suficiente.

Na The School of Life, acreditamos que a psicoterapia é o maior passo que qualquer um de nós pode dar para entender melhor a si mesmo e ir de encontro a uma vida realizada.

Cuidar de nossa saúde – física e mental – é essencial e acreditamos que consultar um psicoterapeuta deve ser algo tão normal quanto ir ao cabeleireiro ou se exercitar.

Reunimos aqui alguns dos principais benefícios que você vai encontrar ao se consultar com um psicoterapeuta.

A maior parte do que somos continua sendo um segredo para o mundo. Sabemos que não duraríamos muito na sociedade se uma enchente de dados brutos vazasse das nossas mentes.

A exceção está na psicoterapia. Não temos de impressionar ou reafirmar nossa sanidade ao terapeuta. Precisamos dizer a ele o que está acontecendo.  Não somos monstros nem esquisitos – e estamos aprendendo isso.

Os terapeutas sabem muito sobre as verdades nuas da natureza humana. Eles sabem que dentro de cada adulto há uma criança confusa, com raiva, magoada e ansiando ter sua voz e sua realidade reconhecidas.

Não exigem que sejamos convencionalmente bons. Sua única exigência é admitirmos, finalmente, sem ficarmos na defensiva, parte do que realmente acontece dentro de nós.

O que ajuda tremendamente nossas tentativas de conhecer nossa mente é a presença de outra mente. Por mais glamour que a observação solitária tenha, pensar normalmente é melhor em conjunto. A curiosidade de outra pessoa nos dá a confiança de continuarmos curiosos sobre os emaranhados da nossa mente.

A terapia é construída sobre o entendimento de que não conseguiremos transmitir nossas principais experiências em um ou dois blocos autônomos de tempo. O terapeuta nos permite iniciar a conversa onde quisermos, permite que vaguemos por nossos corredores internos, confiantes de que, desde que continuemos aparecendo e compartilhando os pensamentos, daremos pistas suficientes para montar – algum dia – um retrato psicológico de nós mesmos.

A escuta ativa do terapeuta é uma tentativa de entender – pelo nosso bem – o que as operações subterrâneas do passado estão fazendo com o presente.

Por suas perguntas e atenção, o terapeuta tenta, provavelmente mais do que qualquer um já tentou, descobrir como nosso problema atual pode estar relacionado ao resto de nossa existência e, em especial, aos turbilhões da infância.

O contato constante entre nós e o terapeuta, as sessões semanais que podem continuar ao longo de meses ou anos, contribuem para a criação de algo que parece, em um contexto profissional, distintamente estranho: um relacionamento.

O relacionamento com o terapeuta pode ter pouco em comum com o tipo de união que temos na vida cotidiana, mas se torna da vida diária, com nossos amigos e parceiros.

Parte do que a terapia nos oferece é uma chance de melhorar a forma como julgamos a nós e as vozes que ouvimos em nossa cabeça.

A terapia nos faz internalizar uma voz melhor do que a maioria de nós já encontrou, pronta para ouvirmos em momentos de necessidade.

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