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Resolvendo Conflitos Diplomaticamente

Resolvendo Conflitos Diplomaticamente

Ainda associamos o termo “diplomacia” a embaixadas, relações internacionais e política. Não é errado. Mas o significado é mais amplo. A palavra se refere a um conjunto de habilidades importantes em muitas áreas da vida cotidiana, especialmente no trabalho e nas relações pessoais. Nós precisamos da diplomacia, por exemplo, para ser ouvido por alguém que amamos e optou por se trancar no quarto, discordar de um colega do trabalho sem causar estresse ou conviver com pessoas com as quais não concordamos e, ao mesmo tempo, não podemos evitar.

Diplomacia é a arte de navegar por situações delicadas e entre pessoas difíceis sem causar uma catástrofe ou um incômodo desnecessário. Ela envolve uma compreensão das muitas facetas da natureza humana que podem minar as chances de acordo e atiçar o conflito. É uma habilidade emocional extremamente necessária nesse mundo democrático, no qual todos acreditam ter algo importante a dizer e desejam ser escutados.

O que vemos é que o conflito se tornou algo cada vez mais comum e inevitável na vida profissional e pessoal. A questão é que o estresse gerado por ele tende a levar as pessoas a mais desentendimentos e discordâncias. É por isso que precisamos desenvolver, aperfeiçoar e praticar a diplomacia. É ela que nos permite reconhecer, aceitar e praticar o desejo dos seres humanos por respeito, e nos esforçar para avaliar as situações pela perspectiva do outro, mesmo quando sabemos que não vamos mudar de opinião.

Quem pratica a diplomacia reconhece que, para as pessoas, sentir-se escutado é quase tão importante quanto vencer o argumento. Para garantir a saúde da relação, pessoas diplomáticas buscam concessões e negociações sem despertar sentimentos de humilhação nos envolvidos. Entendem que, em geral, uma pessoa é capaz de suportar muito mais coisas quando o outro demonstra que, pelo menos, sabe como ela se sente.

A diplomacia busca nos ensinar quantas coisas boas ainda podem ser realizadas quando fazemos algumas acomodações necessárias de pensamentos e sentimentos da natureza humana, que podem variar entre comoventes, estranhos ou pouco confiáveis. As estratégias e o vocabulário de uma pessoa que pratica diplomacia se originam de um lugar longe do imediatismo, considerando as palavras “possivelmente”, “talvez” e “quem sabe”. Essas pessoas também usam o elogio em vez da crítica e a sugestão no lugar de uma exigência intimidadora. Assim, criam um ambiente mais propício ao consentimento voluntário.

Para mudar a opinião de alguém, precisamos entender por que essa pessoa mantém uma posição e buscar identificar as preocupações dela em relação às nossas diferentes opiniões sobre o mesmo assunto. No trabalho e na vida em geral, muitas vezes precisamos aprender a viver com discordâncias. Nós podemos fazer isso com educação e com alguma disposição a ceder, quando fizer sentido.

Essa atitude não significa fracasso ou traição a nós mesmos. É, pelo contrário, um indicador de força e maturidade.

Texto da The School of Life

Veja nosso calendário completo aqui e a próxima turma do workshop de Diplomacia.

By The School of Life

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