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Quem sabe mais?

Quem sabe mais?

Quem sabe mais, os mais jovens ou os mais velhos? A questão é vasta e imprecisa, mas isso não impediu que diferentes sociedades chegassem a conclusões muito firmes e muito diferentes. No Ocidente moderno – desde meados do século XVIII – a pergunta tem sido respondida predominantemente em uma direção: são os jovens que sabem mais. De acordo com o movimento de ideias que conhecemos como Romantismo, a juventude tem sido identificada como a idade de ouro da humanidade, os jovens têm sido vistos como a fonte de todo conhecimento estimável, sinceridade e bondade.

 

Celebrada primeiro na poesia, depois na arte e na música, a ideia agora continua na moda, no cinema e no estilo de vida de forma mais ampla. As pessoas mais velhas não ficam apenas com menos mobilidade e frágeis, como também estão menos em contato com tudo o que é propriamente significativo, sedutor e vívido.

 

Mas nem sempre, e em todos os lugares, foi assim. Durante a maior parte da história no leste da Ásia, a situação foi invertida. O filósofo mais aclamado da China antiga, Confúcio, propôs que a sabedoria e a generosidade de coração eram conquistas que dependiam do tempo. Somente com base em ter passado por muitas décadas, e refletido e aprendido dolorosamente, alguém poderia esperar realisticamente moderar seus impulsos egoístas, compreender a si mesmo, ser adequadamente generoso em suas interpretações dos outros e separar atividades frívolas de atividades significativas.

Tanto o romantismo quanto o confucionismo têm coisas importantes a nos ensinar. Mas pode ser mais interessante –e mais esperançoso – pensar fora desta divisão. Dizer que os mais velhos podem saber mais não é argumentar que toda pessoa mais velha é sabia, mas insistir que o tempo deve pelo menos teoricamente nos oferecer o potencial para graus de amadurecimento e insight ao qual os jovens são inerentemente, sem culpa própria, negados.

 

Existe algo que podemos aprender, a qualquer momento na vida.
Devemos ser capazes de desenvolver nossos níveis atuais de bondade e calma, empatia e doçura independente de em que estágio de vida nos encontramos. Devemos, por meio de um esforço humilde, ser capazes de trabalhar em nós mesmos para garantir que amanhã seja um pouco menos frenético, confuso e impaciente do que ontem.

 

Devemos ser capazes de acreditar na oportunidade de amadurecimento emocional, sempre.

 

Acesse aqui nosso calendário para seu desenvolvimento emocional.

By The School of Life

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