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Quando você sabe que está emocionalmente maduro? 26 sugestões

Quando você sabe que está emocionalmente maduro? 26 sugestões

 1 – Você percebe que a maior parte do mau comportamento dos outros se resume basicamente a medo e ansiedade – e não, como costuma ser mais fácil presumir, maldade ou estupidez. Você desapega da hipocrisia e deixa de pensar no mundo como sendo povoado por monstros ou tolos. Isso torna as coisas menos preto no branco no começo, mas, com o tempo, muito mais interessante.

2 – Você aprende que o que está em sua cabeça não pode ser automaticamente compreendido pelos outros. Você percebe que, infelizmente, precisará articular suas intenções e seus sentimentos usando palavras – e não poderá culpar os outros por não entender o que você quer dizer até que você tenha falado com calma e clareza.

3 – Você aprende que – notavelmente – às vezes erra. Com grande coragem, dá seus primeiros passos vacilantes para (de vez em quando) pedir desculpas.

4 – Você aprende a ser confiante não percebendo que é incrível, mas aprendendo que todo mundo é exatamente tão tapado, assustado e perdido quanto você. Estamos todos levando a vida como dá, e tudo bem.

5 – Você deixa de sofrer da síndrome do impostor porque consegue aceitar que não existe essa história de alguém legítimo. Estamos todos, em graus variados, tentando desempenhar um papel enquanto mantemos nossas loucuras e instabilidades de lado.

6 – Você perdoa seus pais porque percebe que eles não colocaram você neste planeta para insultá-lo. Eles apenas eram dolorosamente despreparados e lutavam contra seus próprios demônios. Em alguns momentos, a raiva se transforma em piedade e compaixão.

7 – Você aprende a imensa influência das chamadas “pequenas” coisas no humor: o tempo de sono, os níveis de açúcar e álcool no sangue, os graus de estresse no segundo plano etc. E como resultado, aprende a nunca abordar um assunto importante e controverso com alguém que ama até que todos estejam bem descansados, ninguém esteja bêbado, você tenha comido alguma coisa, nada mais esteja preocupando você e ninguém esteja correndo para pegar um trem.

8 – Você percebe que, quando as pessoas próximas incomodam você, ou são desagradáveis ou vingativas, elas normalmente não estão apenas tentando irritá-lo. Elas podem estar tentando chamar sua atenção da única maneira que sabem. Você aprende a identificar o desespero por baixo dos piores momentos de quem ama – e, em um bom dia, você os interpreta com amor, em vez de julgá-los.

9 – Você desiste do mau humor. Se alguém te magoa, você não guarda a raiva e o rancor por dias. Você lembra que vai morrer em breve. Não espera que os outros saibam o que há de errado. Você diz o que há de errado diretamente, e se eles entenderem, você os perdoa. E se isso não acontecer, de uma maneira diferente, você os perdoa também.

10 – Você percebe que, por a vida ser tão curta, é extremamente importante tentar dizer o que você realmente quer dizer, concentrar-se no que realmente quer e dizer às pessoas de quem gosta que elas são imensamente importantes para você. Provavelmente todos os dias.

11 – Você deixa de acreditar na perfeição em praticamente todas as áreas. Não existem pessoas perfeitas, empregos perfeitos ou vidas perfeitas. Em vez disso, você se volta para uma apreciação do que é (para usar a expressão exemplar do psicanalista Donald Winnicott) “bom o suficiente”. Você percebe que muitas coisas na sua vida são ao mesmo tempo bastante frustrantes – e ainda, em muitos aspectos, eminentemente boas o suficiente.

12 – Você aprende as virtudes de ser um pouco mais pessimista sobre como as coisas vão acabar – e, como resultado, emerge como uma alma mais calma, mais paciente e mais indulgente. Você perde um pouco do seu idealismo e se torna uma pessoa muito menos enlouquecedora (menos impaciente, menos rígida, menos irritada).

13 – Você aprende a ver que as fraquezas de caráter de todos estão relacionadas a forças de equilíbrio. Ao invés de isolar as fraquezas dos outros, você olha para o quadro todo: sim, determinada pessoa é um tanto pedante, mas também é maravilhosamente precisa e uma rocha em tempos de turbulência. Sim, alguém é um pouco confuso, mas ao mesmo tempo brilhantemente criativo e muito visionário. Você percebe (verdadeiramente) que pessoas perfeitas não existem – e que toda força será marcada com uma fraqueza.

14 – Você aprende as virtudes do compromisso. Aprende a se estabelecer em certas áreas – e reconhece que está amadurecendo ao invés de ser fraco ao fazer isso. Você pode ficar junto com alguém principalmente pelos filhos, ou porque tem medo de ficar sozinho. Você pode suportar alguns inconvenientes porque sabe que uma vida livre de atrito é uma miragem.

15 – Você se apaixona um pouco menos facilmente. É difícil, de certa forma. Quando era menos maduro, você conseguia desenvolver uma paixão em um instante. Agora, você está claramente ciente de que todas as pessoas, embora externamente charmosas ou talentosas, são meio chatas de perto. Você desenvolve lealdade ao que já tem.

16 – Você aprende que é – surpreendentemente – uma pessoa bem difícil de se conviver. Você derramou um pouco do seu sentimentalismo anterior em relação a si mesmo. Você entra em amizades e relacionamentos oferecendo aos outros gentilmente avisos de como e quando pode se mostrar um desafio.

17 – Você aprende a se perdoar por seus erros e tolices. Você percebe o infrutífero egoísmo envolvido em simplesmente se flagelar por erros passados. Você fica mais amigo de si mesmo. É claro que você é um idiota, mas ainda é digno de ser amado, como todos somos.

18 – Você aprende que parte do que diz respeito à maturidade é fazer as pazes com os pedaços teimosos de criança que sempre permanecerão. Você deixa de tentar ser adulto em todas as ocasiões. Aceita que todos temos nossos momentos de regressão – e quando a criança de dois anos interior se apresenta, você a cumprimenta generosamente e lhe dá a atenção que ela precisa.

19 – Você deixa de depositar muita esperança em planos grandiosos para o tipo de felicidade que espera que possa durar anos. Você celebra as pequenas coisas que vão bem. Percebe que a satisfação vem em incrementos de minutos. Fica feliz se um dia se passar sem muito aborrecimento. Você se interessa mais por flores e pelo céu da noite. Você desenvolve um gosto por pequenos prazeres.

20 – O que as pessoas em geral pensam de você deixa de ser uma preocupação. Você percebe que as mentes dos outros são lugares confusos e não se esforça tanto para polir sua imagem aos olhos deles. O que conta é que você e um ou dois outros estão bem com você sendo você. Você desiste da fama e começa a contar com o amor.

21 – Você fica melhor em ouvir feedback. Em vez de presumir que qualquer um que faça uma crítica queira humilhar você ou esteja cometendo um erro, você aceita que talvez seja uma boa ideia acatar algumas observações. Você começa a ver que é capaz de ouvir uma crítica e sobreviver a ela – sem precisar vestir uma armadura e negar que alguma vez houve um problema.

22 – Você percebe até que ponto tende a viver, dia a dia, próximo demais de alguns dos seus problemas e dificuldades. Você se lembra – cada vez mais – de que precisa ter uma perspectiva das coisas que lhe incomodam. Você faz mais caminhadas na natureza, talvez arranje um animal de estimação (eles não se preocupam como nós) e aprecia as galáxias distantes acima de nós no céu da noite.

23 – Você deixa de ser facilmente ativado pelo comportamento negativo das pessoas. Antes de ficar furioso, irritado ou chateado, você faz uma pausa para se perguntar o que eles realmente poderiam ter querido dizer. Você percebe que pode haver uma desconexão entre o que alguém disse e o que você supôs imediatamente que ele queria dizer.

24 – Você reconhece como o seu passado característico colore sua resposta aos acontecimentos – e aprende a compensar as distorções resultantes. Você aceita que, por causa da sua infância, tem predisposição a exagerar em determinadas áreas. Você passa a desconfiar de seus primeiros impulsos em relação a tópicos específicos. Você percebe – às vezes – que não deve seguir seus sentimentos.

25 – Quando começa uma amizade, percebe que os outros não querem conhecer principalmente seu lado bom, mas sim ter uma ideia sobre quais problemas e preocupações você tem, de modo que elas possam se sentir menos solitárias com as próprias dificuldades. Você se torna um amigo melhor porque vê que a amizade é, na realidade, uma partilha de vulnerabilidades.

26 – Você aprende a tranquilizar suas ansiedades sem dizer a si mesmo que tudo vai ficar bem. Em muitas áreas, não vai. Você constrói uma capacidade de pensar que, mesmo quando as coisas dão errado, somos amplamente capazes de sobreviver a elas. Você percebe que há sempre um plano B; que o mundo é amplo, que sempre encontramos algumas almas boas e que as coisas mais horríveis são, no final das contas, suportáveis.

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Tradução: Cássia Zanon

By The School of Life

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