Por que Trabalhar em Equipe Funciona

Somos, cada um de nós, criaturas seriamente limitadas. Só conseguimos ser realmente bons em poucas coisas, fazer um grande esforço por algumas horas a cada dia, manter um número pequeno de questões em vista a qualquer momento. Entretanto, em geral, a estrutura dentro da qual realizamos nosso trabalho pende a balança para o sentido oposto: expande de forma radical para a força e a capacidade individual.

Quando trabalhamos com outras pessoas, seja na posição de líderes ou membros da equipe, nossos poderes coletivos se ampliam muito além do que um ser frágil conseguiria realizar. Temos a possibilidade de confiar que as habilidades dos outros compensarão nossos inevitáveis pontos fracos. Podemos, por exemplo, entender muito bem as implicações jurídicas de uma questão, mas ter importantes dúvidas sobre detalhes comerciais; ser excelentes em desenvolvimento de produtos, mas incrivelmente ruins quando se trata de marketing; administrar algo com maestria, mas demorar a compreender as oportunidades estratégicas e os perigos mais amplos do negócio.

A dinâmica da equipe ideal

A equipe é muito mais forte, sábia, inteligente e capaz do que as pessoas envolvidas nela conseguirão ser, quando consideradas individualmente. Ao lado de outras pessoas, excedemos, e muito, nosso próprio ponto forte. Na equipe ideal, sabemos exatamente qual é nossa colaboração e também o quanto o projeto se beneficia com o que os demais membros do time trazem a ele. Nesse ambiente, por mais que nossos colegas possam ser irritantes, nossa irritação com eles é acalmada por uma conscientização de que são exatamente suas diferenças que os torna capazes de fazer coisas das quais somos incapazes.

Por meio do trabalho em equipe, nosso egoísmo afunda em uma lealdade maior: somos unidos por uma meta em comum que todos sabem que nunca conseguiríamos atingir sozinhos. Quando uma pessoa falha e perde a confiança – e isso acontecerá –, as outras a incentivam a levantar e sacudir a poeira. Afinal, todos sabem que o favor será retribuído quando estiverem com dificuldades. Conscientes de nossos pontos fortes em comum, abrimos mão de nosso viés naturalmente ciumento: o sucesso de um contribui para o sucesso de todos.

Juntos, podemos chegar a muito mais pessoas com uma boa ideia, um serviço ou um produto, temos uma grande chance de causar um bom impacto que seria impossível sozinhos, podemos assumir ambições maiores ou mais impressionantes. Essencialmente, podemos compartilhar nossos conhecimentos com novos participantes que conseguirão tocar o projeto caso um dia a gente vá embora da companhia.

Nossos esforços não são restringidos pelas limitações de uma única vida útil no trabalho. Os maiores projetos humanos acontecem em gerações, nossos esforços se estendem ao longo do tempo. As melhores equipes revertem os fundamentos destrutivos da condição humana: por meio da colaboração, superam a guerra competitiva do “todos contra todos”, substituem a fraqueza individual pela fortaleza coletiva, transformam a brevidade da vida em empreitadas que possam durar mais que nossa breve existência.

Na Era do Escritório Emocionalmente Inteligente, o poder da colaboração – presencial ou à distância – agrega muito valor ao sucesso de um projeto e da organização. Isso sem falar que colaborar é também uma forma de demonstrar apreço por quem trabalha na equipe e na companhia.

Texto: The School of Life

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