Ter nosso gatilho acionado é perder nossos poderes de diferenciação. No calor do momento, não conseguimos mais diferenciar entre A e B, não conseguimos diferenciar entre parecer um pouco cansados e parecer fundamentalmente inaceitáveis, entre algo que fizeram e os mandou para a prisão e algo que fizemos e nunca será nem percebido. Nossa história nos preparou tanto para cenários espantosos que não temos capacidade de deixar de encontrá-los novamente por toda parte – especialmente quando estamos um pouco tristes ou cansados.
A cura para o gatilho é o amor; o amor entendido como um processo de abraçar pacientemente alguém e, como um pai gentil e acolhedor, ajudar a diferenciar entre branco e preto, terror e calma, mal e bem. A cura também está em aprender a trabalhar retroativamente de nossos gatilhos atuais à dinâmica que um dia os criou, em desenvolver calma e confiança. Em vez de nos preocuparmos ainda mais com o futuro, deveríamos fazer a nós mesmos uma pergunta simples: O que meu medo do que acontecerá me diz sobre o que aconteceu? Que cenário do meu passado está contido em meu alarme no futuro?
Superar nossos gatilhos é conseguir navegar no presente com toda a confiança e curiosidade empolgada que deveríamos ter tido desde o começo, e a maturidade pode ser definida como: saber o que aciona nossos gatilhos e por que – e um compromisso em abafar nossas primeiras reações em nome de uma exploração paciente e do entendimento do passado.
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