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Como Dormir Melhor

Como Dormir Melhor

Às vezes, tomamos café demais, ou o quarto está muito quente… mas, na maioria das vezes, a insônia é psicológica. É a vingança da mente por todos os esforços que temos feito, basicamente sem perceber, para não pensar certas coisas durante o dia. Somos despertados por uma necessidade de pensar em algo que temos assiduamente ignorado, provavelmente graças ao trabalho ou a nossos compromissos sociais e familiares. Depois de tentar chamar nossa atenção por meios normais na correria do dia, nossa mente profunda está agora tentando nos fazer marcar um compromisso com algumas percepções nas horas mais silenciosas da noite.

 

Acordar às três da manhã é um sinal de que repetidamente não temos feito a autorreflexão necessária para ficarmos em paz. Não estamos sendo preguiçosos, nem ignorando voluntariamente nossas responsabilidades. Simplesmente estamos fugindo, por motivos muito compreensíveis, de diversos pensamentos difíceis, talvez sobre trabalho, um relacionamento ou nossa infância.

 

Se quisermos recuperar o sono, devemos começar a visitar – com maior ternura e imaginação do que usamos durante o dia – algumas das salas fechadas a sete chaves  em nossas mentes. No espírito da curiosidade gentil, protegidos pelo edredom, sob o cuidado da escuridão, podemos ousar fazer alguns tipos de perguntas:

 

— O que realmente me deixa triste no momento?

 

— Quem me machucou?

 

— O que precisa mudar?

— Qual é o luto real por trás da ansiedade superficial?

 

— O que meu instinto está me dizendo agora?

 

— O que devo fazer depois?

 

Sem dúvida, estas são perguntas desconfortáveis, mas podemos usar a noite para nos ajudar a encará-las. Todas as outras pessoas estão dormindo. Agora, importa um pouco menos pensar de formas convencionais. Podemos ser esquisitos, extravagantes, imaginativos e gentis. Podemos enlouquecer um pouco entre as três e quatro da manhã e ninguém saberá. Podemos escrever coisas em um caderno e destruir as páginas pela manhã. O que conta é nos darmos a chance de entender um pouco melhor nossas psiques tímidas e machucadas. Elas têm pedido nossa atenção e – até agora – fugimos de nosso dever de cuidar.

 

A responsabilidade essencial de nossa mente é com nosso crescimento e autoentendimento. Ela quer que durmamos, claro, entendendo tanto quanto um especialista que o descanso é importante, mas tem como prioridade algo ainda mais importante do que membros com energia: insight psicológico. Ela precisa que sintamos o que precisa ser sentido, que fiquemos irados quando estamos com raiva, que fiquemos tristes quando o luto chega. É irrepreensivelmente movida a tentar alinhar nossa superfície com nossa profundidade. Está tentando nos mandar para a Escola da Noite, não para endurecermos, mas para que possamos colocar em dia algumas aulas muito essenciais sobre quem realmente somos e que, até o momento, temos sido distraídos ou receosos demais para frequentar.

By The School of Life

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