09/17/2021
Autoconhecimento
Apreciando as Pequenas Grandes Coisas da Vida
Há trilhões de estrelas no céu. Embora saibamos disso, em algum lugar compartimentado do nosso cérebro, muitas vezes esquecemos de apreciá-las. Até valorizamos fazer isso, mas apenas uma ou duas vezes no ano nos pegamos realmente olhando para o céu em uma noite escura em nosso próprio cantinho no universo.
Quando olhamos para as estrelas, nós nos sentimos agradavelmente diminuídos pela majestade do que contemplamos. Enquanto renovamos nossa conexão com a imensidão, ficamos humildes sem sermos humilhados. Sabemos que não somos os únicos diminuídos por essa comparação. Nesse ritual, de certa forma, as coisas que nos perturbam e incomodam também parecem menores.
A visão das estrelas – talvez de relance, da janela do quarto, depois de um dia difícil no trabalho ou em uma noite de insônia – nos apresenta uma impressão sensorial direta da magnitude do cosmos. Sem sabermos os detalhes exatos, estamos potencialmente cientes de que sua luz tem brilhado sem mudar ao longo da história, que nossos bisavós devem ter olhado de vez em quando para o mesmo padrão de luzes minúsculas.
Isso é algo sublime porque somos totalmente removidos do curso diário de nossas preocupações e nossos pensamentos se voltam para questões das quais não temos nenhum controle pessoal. Nossa vida privada fica em segundo plano, o que é um alívio contrastante com o estado normal de preocupação ansiosa com o local e o imediato.
As estrelas são importantes em nossa vida porque oferecem um encontro consolador com a grandeza. Elas nos convidam a adotar uma perspectiva interessante sobre a brevidade e a pequenez da existência humana.
Por que não praticamos essa apreciação com mais frequência?
Você já parou para se perguntar por que não aproveitamos mais este recurso natural e nos conectamos com mais frequência à Via Láctea? Acreditamos que não renovamos esse prazer tão útil porque nosso modelo coletivo de uma boa vida tende a focar no progresso, na carreira e na gestão financeira. Não pensamos tipicamente se uma pessoa foi muito ao mercado, prestou atenção às árvores ou olhou tanto para as estrelas.
A apreciação regular desses e de outros pequenos prazeres dá uma grande contribuição para a noção elusiva, mas crucial, da qualidade da existência. De certa forma, é parte fundamental da arte de viver bem.
Uma das grandes tarefas da civilização – e missão da The School of Life – é ensinar as pessoas a aproveitar melhor a vida. Todos podemos fazer uma pausa e apreciar o que já há de muito bom em nossas vidas. Às vezes, o que falta é apenas a ferramenta certa para esse reencantamento.
Texto: The School of Life
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