10/01/2018
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A Eficácia em Tempos de Distração
Em nenhum outro momento da história nós estivemos tão obcecados em aumentar nossa produtividade em um período limitado de tempo. Como resultado, sofremos quando perdemos tempo ou falhamos em ser eficazes.
No entanto, nós não somos robôs. Nossos cérebros são ineficientes – eles são intermitentes e preguiçosos, funcionam a curto prazo, estão propensos ao erro e ficam facilmente distraídos ou exaustos. Precisamos aceitar isso para trabalhar com eles e não subestimar a complexidade de certas tarefas.
Embora eficiência seja algo que nós valorizamos, ela não é – e não pode ser – a única coisa que valorizamos. Ela precisa ser considerada junto com outras preocupações. Nós podemos aceitar certa ineficiência – na vida profissional e pessoal – em troca de variedade e menos tédio. Isto é, nós vamos ter que abrir mão de um pouco da nossa eficiência para sermos eficazes.
Concluir tarefas não diz respeito só a agir. Trabalho eficaz também significa reconhecer quando precisamos de um tempo para parar e refletir. O hábito nos levou a supor que sentado em uma mesa é o melhor lugar para pensar, mas os melhores lugares para pensar são parte de nossa rotina, como a cama, o banho, o chuveiro, o metrô e a caminhada. Estes estão relacionados à privacidade: eles idealmente garantem que você não será perturbado. Eles nos isolam das expectativas sociais, que são fatais para o pensamento sério. Além disso, são lugares onde não é esperado que você trabalhe – o que aumenta muito a probabilidade de a sua mente escapar da censura e de fato começar a trabalhar.
Às vezes nós precisamos pensar um pouco menos e nos tornar melhores em confiar na nossa intuição. Isso significa questionar o que realmente nos dá prazer e confiar nos nossos instintos mais profundos para nos guiar. Outras vezes, nós precisamos levar mais em
consideração o valor do detalhe e os fatos.
Aprender a mover-se entre esses diferentes estados – independentemente das nossas formas preferidas de trabalhar – pode ser uma forma extremamente benéfica de aumentar a eficácia.
No fim das contas, uma grande parte de quão eficazes nós somos tem a ver com o hábito. Para aumentar nossa eficácia, nós temos que estabelecer prioridades e objetivos viáveis e aprender a organizar nosso tempo. Obviamente, fazer escolhas erradas faz parte do processo e assim, nossos desejos perfeccionistas serão frustrados. A vida é confusa e o progresso muitas vezes é lento, por isso nossa força de vontade é finita. No entanto, quando nós aceitamos essas coisas, podemos aprender a fazer o máximo do nosso tempo, incluindo planejar momentos de distrações e encontrar outras pessoas para nos ajudarem.
Pode ser útil lembrar-se do princípio Urgente/Importante de Eisenhower:
– Importante e Urgente
Há dois tipos diferentes de atividades importantes e urgentes: aquelas que você não poderia ter previsto e aquelas que você protelou até o último minuto. Planejar-se ou usar seu tempo livre pode ajudá-lo com isso.
– Importante, mas não Urgente
Essas são as atividades que te ajudam a realizar seus objetivos pessoais e profissionais e a concluir trabalhos importantes.
Garanta que você tenha bastante tempo para fazer essas coisas adequadamente, de modo que elas não se tornem urgentes.
– Não Importante, mas Urgente
Tarefas urgentes, mas não importantes são as que te impedem de alcançar seus objetivos. Pergunte-se se você pode reagendá-las ou delegá-las.
– Não Importante e não Urgente
Essas atividades são só uma distração – evite-as se possível.
Isso pode ser muito difícil, especialmente se precisarmos dizer não. Ainda assim, dizer não para muitas coisas – mesmo coisas boas pedidas por pessoas que nós gostamos – é uma das habilidades mais importantes que precisamos exercitar para sermos bem-sucedidos. Nós devemos praticar dizer não calmamente e sem culpa.
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