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5 Maneiras de Lidar Com a Ansiedade

5 Maneiras de Lidar Com a Ansiedade

Poucas coisas são vivenciadas tão universalmente na vida e, ao mesmo, são tão debilitantes quanto a sensação de ansiedade. Algumas situações parecem provocá-la de forma muito intensa – quando estamos deitados no sofá, em uma noite de domingo, por exemplo, pensando nos muitos obstáculos que devem ser enfrentados assim que o despertador soar no dia seguinte.
 
Ela pode se manifestar como uma sensação repentina de que falta o ar, de que algo não está exatamente certo. Como pode ser muito difícil entender exatamente o que está acontecendo, em nossa mente, para criar esta sensação de medo, isso pode nos fazer sentir ainda mais impotentes.
 
Freud uma vez descreveu a ansiedade como: “uma charada cuja solução projetará uma intensa luz sobre toda a nossa existência mental”. Entender a ansiedade, suas raízes na mente e no corpo, é a única forma de começar a enfrentá-la. Veja abaixo cinco recomendações sobre como lidar com a ansiedade, no trabalho e em outros lugares – começando pelas recomendações de longo prazo para ajudar a pensar na ansiedade e passando para dicas mais simples e práticas para o cotidiano.
 
1. Aceite o que a Ansiedade Está Dizendo
 
O filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard famosamente comparou a ansiedade – em termos tipicamente grandiosos – à “tontura” sentida por alguém “cujos olhos por acaso fitam o abismo abaixo”.
 
Para ele, a ansiedade é um fato da vida. É o preço que todos devemos pagar por ter a liberdade de agir e tomar as próprias decisões. Uma pessoa se sente zonza ao olhar sobre um penhasco, ele argumentava, porque, no fundo, é forçada a reconhecer que é livre para fazer o que quiser, mesmo algo tão terrível quanto se machucar.
 
A liberdade muitas vezes é assustadora. Estes sentimentos desagradáveis, desde que não nos sufoquem, podem ser um lembrete de nosso próprio potencial no mundo – de que temos o poder de escolher, dizer “sim” e “não” e direcionar nosso próprio caminho na vida.
 
Algum grau de preocupação ou alarme é uma reação legítima e saudável às demandas que a vida nos faz.
 
2. Deixe a Ansiedade Guiar sua Autorreflexão
 
A solução é refletir sobre experiências formativas iniciais, perguntar o que há na situação atual que invoca essa noção de dependência, impotência e frustração. Quanto mais nosso autoentendimento melhora nesta área, mais bem equipados ficamos para contrabalançar e resolver essas emoções negativas.
 
3. Use o Corpo
 
Técnicas de respiração podem ser muito úteis. Elas nos forçam a nos concentrarmos em um processo corporal elementar. Acalmar nossa mente sem perder a sensação de alerta de que precisaremos em breve. Praticar a “respiração em caixa” – chamada assim porque é um processo quadrado em quatro passos – leva apenas alguns minutos e tem o benefício adicional de diminuir levemente nossos batimentos cardíacos. É só inspirar lentamente, contando até três, prender a respiração por três segundos e expirar contando até três. Descanse por outros três segundos e repita o processo.

4. Exerça o Controle onde Possível
 
Uma coisa é reconhecer que o mundo é desorganizado e incerto; outra é sugerir que temos de simplesmente nos entregar ao que vier pelo caminho. Frequentemente, a ferramenta mais importante para lidar com a ansiedade é aumentar o controle que temos sobre situações externas. Quanto mais nos sentimos capazes de moldar nossas circunstâncias, mais relaxados ficamos.
 
5. Adotar uma Visão Holística
 
A ansiedade pode ser motivada por momentos individuais no dia ou por algumas situações, mas também pode acontecer gradualmente. Ela pode surgir lentamente como resultado de exaustão e trabalho excessivo. Quando alguém está sobrecarregado, sem tempo e distraído, escolhas ruins se tornam mais convincentes – seja mais uma xícara de café, outra taça de vinho ou mais tempo nas redes sociais em vez de tentar dormir.
 
Quando estamos ocupados, frequentemente a última coisa que parece útil é mais uma coisa para administrar, como manter um diário. Parece um dever de casa, um fardo a mais para lidar tarde da noite depois de um dia movimentado. Ainda assim, escrever nossos pensamentos é útil em duas direções. Primeiro, isso nos ajuda a demonstrar padrões que podemos não notar inicialmente. Os gatilhos da nossa ansiedade ficarão mais óbvios quando relemos nossas lembranças registradas da semana passada do que quando a situação em si estava acontecendo. Segundo, isso pode demonstrar se nosso tempo está sendo gasto do jeito certo.
 
Se você não tem tempo para se exercitar, socializar, cozinhar para si mesmo ou fazer atividades que ajudem a relaxar (idealmente sem muito álcool), um diário deixará isso mais claro. Hábitos nocivos podem virar uma bola de neve. A junk food que comemos tarde da noite porque estivemos ocupados demais para preparar algo mais nutritivo provavelmente não nos fará sentir fisicamente nutridos ou bem conosco.
 
Quando a ansiedade se torna um problema, é crucial fazer uma auditoria de tudo em nossas vidas. Isso permite que você garanta que suas necessidades individuais continuem uma prioridade em conjunto com outros compromissos. Encontrar tempo para essas coisas não é um luxo, mas sim uma necessidade para cuidar de sua saúde e seu bem-estar.

By The School of Life

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