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Como se Defender de seu Crítico Interno

baran lotfollahi c30hParBu7A unsplash

Quase todos temos um personagem dentro da cabeça que podemos chamar de “crítico interno”. Ele tende a nos visitar tarde da noite, espera até estarmos muito cansados ou fisicamente esgotados e, então, começa a sussurrar coisas maldosas e espantosas para nós. O objetivo é destruir toda a nossa possibilidade de paz, autoconfiança e autocompaixão. No fundo, ele está convencido de que não deveríamos existir e é extremamente sutil e criativo em nos contar o porquê. Em um ato de extremismo, esse crítico interno leva algumas pessoas a questionarem se vale a pena viver. 

Muitas vezes, diante de um dos muitos ataques do nosso crítico interno, nossa mente congela. Simplesmente não sabemos como revidar. A sensação é de que estamos em um túnel, sozinhos com o crítico. Isso nos faz esquecer que pode haver outras perspectivas mais otimistas sobre a nossa situação. Nós nos deixamos ser agredidos por acusações sem piedade. Podemos, até, correr o risco de nos rendermos à autoflagelação ou ao desespero.

Para não cair nessa armadilha, deveríamos – quando a mente estiver clara – ter em mente uma ou duas coisas para dizer ao nosso crítico interno toda vez que ele aparecer para minar a nossa estabilidade. Aqui vão algumas sugestões: 

“Crítico interno, você é um fracassado!” 

A diferença entre a esperança e o desespero na forma de narrar o mesmo fato. Nunca há uma só história de vida.

“Você é repugnante, não merece compaixão!” 

Considere se perguntar de onde vem este crítico interno. Acreditamos que há apenas uma resposta: ele é apenas um crítico externo que internalizamos. É possível que você esteja falando consigo mesmo do jeito que outra pessoa te fez sentir, falou ou fala com você. Afaste-se deste ser cruel. Antes de aceitar a crítica, questione o que ele está fazendo na sua cabeça.

“Todo mundo sabe como viver longe de você!” 

Tendemos a acreditar que algumas coisas só acontecem com a gente. Mas temos essa percepção porque conhecemos as pessoas apenas por fora. Neste momento, muitas pessoas ao seu redor também estão perdendo a cabeça, consumidos por culpa ou medo. 

“Você cometeu erros imperdoáveis!” 

Não existe ninguém perfeito. Pare de se torturar com a ideia de que um dia você já foi perfeito. Valorize-se pelo simples fato de existir e pelo esforço das tentativas. 

“Ninguém te ama ou poderia te amar!” 

Esta parece especialmente tentadora, especialmente por volta das três da manhã, mas essa não pode ser a verdade. 

Concentre-se no pequeno subgrupo com corações enormes. Seja honesto com ele sobre sua dor; eles encontrarão seu caminho até você. 

“Onde você estará daqui a cinco anos?” 

Divida a vida em pequenos momentos. Foque na próxima refeição, em um bom banho, naquele almoço em família, na conclusão de uma tarefa… Em conquistas boas o suficiente. Reduza a ambição como uma pré-condição da sobrevivência e vá aumentando as exigências sobre si de maneira gradual e saudável, respeitando os seus limites. Se nada de terrível acontecer, encare como um triunfo. Comemore a cada 10 minutos de tranquilidade.  

É possível que, com uma dessas abordagens, o crítico interno saia furioso da sua mente. Afinal, ele não está acostumado a ser enfrentado e nos deixar em paz por algumas horas. Enquanto isso, permita-se lembrar que você é uma pessoa digna de perdão e compreensão. Para facilitar, lembre-se de algum momento em que alguém te acolheu de uma maneira carinhosa, em qualquer fase da vida. Sempre precisamos de afeto.

No fundo, todos somos pessoas lidando com as dores e as delícias de estarmos vivos, fazendo o melhor que conseguimos nas diferentes circunstâncias.

Texto da The School of Life

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By The School of Life

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