Voltar
Virtudes do Brasil

Virtudes do Brasil

Para as próximas semanas, a The School of Life traz, em parceria com o projeto Novos Para Nós, cinco pôsteres que traduzem Virtudes do Brasil.

Renan Quevedo, idealizador do projeto e palestrante aqui na escola, viajou mais de 27 mil quilômetros pelo País pesquisando a cultura popular e pensou os pôsteres com elementos que captou durante essa jornada: fachadas de casas ribeirinhas, elementos gráficos de sinalização, barcos, comércio popular, entre tantos outros exemplos. Já as frases foram encontradas em lugares pela estrada e dentro de pessoas: sabedorias e inteligência emocional que divide com nós. São eles:

       É preciso sorte e juízo.

       Viva e deixe eu viver.

       Se tu lutas tu conquistas.

       Quem muito viaja uma hora chega.

       Fazemos força em geral.

cartazes thumb site

Quando somos impactados – e um tanto quanto inibidos – por essas palavras, entendemos que há muito aprendizado popular a ser adquirido. É fácil lembrarmos de Guimarães Rosa: “E eu – como é que posso explicar ao senhor o poder de amor que eu criei? Minha vida o diga.”. E não é só sobre amor, eles também carregam conquistas, problemas, coragem, trabalho, relações, persistência, vivências. 

Essas frases são convites a serem aprendidos e trabalhados. São virtudes que provém de um Brasil profundo sem limites para as suas riquezas.

Os pôsteres, em edição super limitada, com tamanho 42x60cm, estão à venda na sede da The School of Life por R$ 150,00 cada – de 2a. à 6a das 10h30 às 18h30. Também estão disponíveis em todas as nossas aulas e eventos, enquanto durarem os estoques.

Para solicitar o(s) seu(s), mande um e-mail para [email protected]

Nós entregamos na capital paulista mediante taxa de R$ 30,00 e enviamos para todo o Brasil, às sextas-feiras. Para envio postal entre em contato e informe o seu cep.

Outras peças e histórias:

ZEZINHA

Empoderamento feminino + artesanato = Zezinha. Aos 10 anos começou a moldar o barro por necessidade pois precisava sobreviver. Os anos se passaram, a artesã se casou com Ulisses, e o marido conseguiu emprego na lavoura no interior de SP. “Ele viajava em abril e só voltava em dezembro. Eu ficava sozinha e os dias eram longos demais. Pensei em largar o barro, mas ia viver do que? Aí me dediquei pela força que as pessoas me davam.” Hoje, com 49 anos, Zezinha é referência no artesanato do Vale do Jequitinhonha (MG) e do Brasil. Assume a frente dos artesãos locais e encabeça um grupo de 55 pessoas que hoje ganham a vida fazendo peças de barro. Entendemos que a história da artesã traduz à risca o conceito de ‘sacrifício’ proposto por Alain.

ZÉ BEZERRA

Mora em uma casa revestida de barro e decorada de pedras, localizada em um lugar mágico: o Vale do Catimbau (PE). Sua arte é considerada por muitos quase-rupestre, o que justifica muita coisa: além de serem encontradas pinturas da mesma espécie pela região, as grandes montanhas de pedras carregam nomes de animais – aí fica fácil de entender o imaginário do artista. Ele anda pela mata na divisa do agreste com o sertão pernambucano em busca de troncos caídos. Vê um pedaço de madeira e exclama: “Tá vendo aqui um urutau?” e, se você quiser, a resposta é sim (mas só se entender, de fato, seus índices e precedentes). Depois chega a hora da zabumba e a festa tá feita. Compõe livremente estrofes animadas e narra a história de sua vida, não hesitando em dizer “sou feliz”. Hoje em dia, sua arte alcançou o exterior – tendo exposto na Fundação Cartier – e é celebrado por muitos colecionadores. Zé Bezerra carrega os traços da ‘autoconsciência’, virtude da era moderna.

NEGUINHA E NANAI

Inicialmente trabalhavam fazendo travessas de barro e ganhavam 40 reais pelo cento dos utilitários. Pra conseguir fazer 100 peças precisavam do mês todo – pensem na sobrevivência. Mesmo contrariados, entenderam que o ritmo de produção seria inviável e decidiram inovar. Romperam com a tradição local e Neguinha fez uma xícara com pires com as bordas enfeitadas que foi vendida por um preço melhor. Se animaram e criaram novas peças até chegarem na atual forma das cabeças que estão tomando conta dos projetos de decoração pelo mundo.  Neguinha e Nanai representam a ‘confiança’ que a The School of Life acredita.

By The School of Life

Compartilhe este conteúdo

Conteúdos Relacionados

Autocompaixão no Trabalho

Para sobreviver no mundo moderno, precisamos ser muito bons na autocrítica. Precisamos garantir que nada que nosso pior inimigo possa nos dizer já não tenha sido admitido integralmente por nós;…

Saiba Mais