Autoconsciência
A autoconsciência é a habilidade de entender os próprios sentimentos e comportamentos e estar ciente das próprias reações emocionais.
Na Grécia Antiga, quando pediram que Sócrates resumisse todos os mandamentos filosóficos, o filósofo respondeu: “conhece te a ti mesmo”.
O autoconhecimento é tão importante porque é só com base numa ideia precisa de quem nós somos que podemos tomar decisões confiáveis na nossa vida. O Autoconhecimento é considerado a base da Inteligência Emocional e a nossa maior fonte de saúde mental.
Nossa mente é povoada por ideias e sentimentos fora de foco: temos uma vaga experiência de arrependimentos, sentimentos invejosos, mágoas, ansiedades e empolgações, especialmente em épocas como a que vivemos agora, cheia de incertezas e de eventos inéditos.
Na maior parte do tempo, não paramos para analisar ou dar sentido aos nossos pensamentos. O peso desses pensamentos não pensados cresce com o tempo – eles se vingam de nós por não darmos a atenção que merecem. Eles nos despertam no meio da noite exigindo ser ouvidos e merecem ser desembalados e classificados, porque esses pensamentos são peças de um quebra-cabeça de um eu futuro (e melhor).
É com base nesses pensamentos e no nosso autoconhecimento, especialmente nas percepções de saber quando vou ficar irritado, ou como abordar o parceiro igualmente estressado, ou qual o momento para falar com o chefe lidando com mil problemas nunca antes visto, é que podemos melhorar a nossa saúde emocional.
Neste workshop, vamos:
– Considerar como nossa imagem de nós mesmos pode ser diferente de como os outros nos veem
– Avaliar nossas próprias atitudes e crenças inconscientes
– Aprender a reconhecer algumas barreiras comuns ao autoconhecimento
– Aprender a técnica de “meditação filosófica” para começar a nos familiarizar com as convicções ocultas por trás de nossos sentimentos e comportamentos cotidianos
– Como podemos usar a inteligência emocional para reagir às adversidades com paciência e habilidade
Nós saímos dela armados com uma ideia clara e fresca da natureza característica da nossa personalidade, daquilo com que precisamos tomar cuidado e de quais poderiam ser nossas prioridades e nosso potencial, tanto na vida pessoal, quanto profissional.
O que caracteriza o domínio dessa habilidade?
Pessoas altamente autoconscientes praticam meditação filosófica (ou outras formas de metacognição) regularmente, refletindo sobre seus pensamentos. Elas sabem e levam em conta que seus pensamentos são influenciados pela parte inconsciente da mente. Elas trabalham para reconhecer, entender e remodelar ativamente seu diálogo interno. Podem demonstrar autoconsciência por meio de um processo muito consciente de tomada de decisões e pela admissão de vulnerabilidades a colegas, clientes e gerentes. Eles costumam pedir feedback, refletir ativamente sobre ela e reavaliar o feedback para entender melhor como os outros as veem.
O que caracteriza a falta dessa habilidade?
Uma falta de autoconsciência pode ser observada em pessoas que tendem a ter uma autoimagem muito diferente da que imagem que os outros têm e nos que não têm a capacidade de reconhecer isso ou a curiosidade de saber mais a respeito. Elas evitam pedir a opinião de outras pessoas, e a reação delas a um feedback honesto e construtivo tende a ser excessivamente resistente. Elas têm dificuldade para aceitar que outros possam discordar de sua versão da realidade. Isso geralmente leva a mal-entendidos entre as duas partes sobre como um trabalho deve ser feito, ritmo de aprendizado e promoções mais lentos e conflitos causados pelo mesmo comportamento. Outra consequência pode ser insatisfação e estresse nos colegas, que precisam compensar a falta de autoconsciência de um gerente. Além disso, pessoas com baixa autoconsciência não demonstram perceber como podem estar com falta de objetividade ou precisam corrigir sua percepção de situações importantes.